Em um mercado complexo e em constante evolução, os negócios precisam desenvolver uma habilidade de adaptação que responda rapidamente e à altura das necessidades dos clientes, a cada dia mais exigentes. Nesse sentido, a cultura de experimentação é um conceito muito útil para promover a inovação nas empresas e aprimorar suas ofertas, especialmente quando falamos da área de Produto.
Afinal, essa prática possibilita que os times explorem ideias novas e façam testes para confirmar ou não suas hipóteses, de modo a tomar decisões mais bem informadas e com foco na aprendizagem contínua. É ainda uma importante ferramenta para Product Managers, que têm papel crucial na promoção do engajamento dos times de produto.
Portanto, se você quer conhecer novas formas de otimizar os processos das suas equipes, ou simplesmente tem interesse no assunto, fique por aqui. Neste artigo, vamos detalhar o que é uma cultura de experimentação e por que é tão importante para as empresas. Continue a leitura para saber mais!
O que é cultura de experimentação?
A cultura de experimentação é uma abordagem muito utilizada na área de produto para promover a experimentação contínua nos times de desenvolvimento. Com ela, é possível explorar criatividade e inovação por meio de testes de hipótese, validação de ideias e iterações baseadas em feedbacks.
Trata-se, portanto, de uma ferramenta muito valiosa para Product Managers que querem encorajar seus times a buscar soluções mais arrojadas. Além da melhoria contínua dos processos, que passam a ser menos rígidos e mais dinâmicos. Além disso, há o estímulo a uma mentalidade mais colaborativa dentro dos times, de forma a integrar áreas e insights diversos com um mesmo propósito.
A consequência natural disso é a construção de produtos verdadeiramente relevantes para os clientes, além de uma atuação mais atenta da organização em si. Ela estará mais preparada para as mudanças do mercado e poderá crescer de forma sustentável e contínua.
Quais os benefícios da cultura de experimentação?
Ter uma cultura de experimentação na empresa pode trazer benefícios em várias áreas. Confira os principais:
- inovação contínua: a cultura de experimentação estimula novas ideias como parte do trabalho cotidiano, permitindo que as equipes usem a criatividade e testem novas soluções possíveis com mais frequência;
- decisões orientadas por dados: a abordagem incentiva a coleta e o uso de dados e métricas para basear as decisões com mais precisão e menos chances de erros;
- redução de riscos e custos: a possibilidade de testar hipóteses tão logo elas surjam ajuda na identificação de possíveis falhas no produto antes do lançamento em larga escala, evitando erros e gastos desnecessários;
- engajamento de equipes: a cultura de experimentação faz com que todos os colaboradores se juntem na busca por soluções, o que aumenta o engajamento e a satisfação, pois eles se sentem valorizados;
- melhoria contínua: as experimentações e os testes criam um verdadeiro ciclo de feedbacks que promove melhorias contínuas, além de um aprendizado constante por parte das equipes;
- adaptação ao mercado: os feedbacks provenientes dos testes e experimentações fornecem insights valiosos sobre as preferências dos consumidores e as tendências do mercado, de modo que a empresa pode sempre se adaptar com facilidade.
Como promover a cultura de experimentação nas empresas?
Para cultivar uma cultura de experimentação nas empresas, algumas metodologias e processos devem ser utilizados. Eles auxiliam na tomada de decisões mais precisas, de modo a minimizar os riscos e falhas nos testes de ideias e soluções novas, além de promoverem o bom uso de recursos.
A seguir, conheça as principais metodologias para implementar a cultura de experimentação.
Design Thinking
O Design Thinking é uma metodologia que posiciona o cliente no centro do processo de desenvolvimento de um produto. Isso possibilita que as equipes tenham uma compreensão mais precisa quanto às suas reais necessidades, olhando para o usuário de forma empática.
Com isso, várias soluções podem ser exploradas, prototipadas e testadas em um ciclo altamente iterativo, garantindo que sejam viáveis e verdadeiramente desejadas pelos usuários.
Lean Canvas
O foco dessa metodologia se resume em construir, medir e aprender a partir de um MVP (Produto Mínimo Viável). Trata-se de uma versão simplificada do produto, que pode ser desenvolvido e lançado de forma rápida para testes de hipóteses e coleta de feedbacks.
A partir disso, é possível fazer ajustes nas ofertas por meio de iterações ágeis e com foco no aprendizado, para reduzir desperdícios e assegurar o valor da entrega.
Agile
Agile é um conjunto de metodologias que promovem processos mais flexíveis e adaptáveis. Alguns exemplos são a metodologia Scrum, o Kanban, o Microsoft Solutions Framework (MSF), entre outros.
Ao promover sprints curtos, os times podem experimentar suas ideias e revisá-las de forma rápida e eficaz, baseando-se em feedbacks. Isso estimula a melhoria contínua, de modo a garantir produtos mais alinhados com os usuários e com as necessidades do mercado.
Testes A/B
Esse tipo de teste permite que versões múltiplas de um mesmo produto sejam testadas a fim de descobrir qual delas performa melhor. O processo envolve a comparação de duas ou mais versões, e até mesmo campanhas, para identificar as preferências dos futuros usuários.
Por conta da eficácia dos dados quantitativos que geram, possibilitando insights e decisões mais acertadas, os testes A/B são amplamente utilizados na criação de produtos digitais e no marketing digital.
Growth Hacking
Essa abordagem foca na experimentação orientada ao crescimento das empresas, valendo-se de técnicas de marketing, testes e análises de abordagens. Com os dados e métricas obtidos, as decisões se tornam mais bem guiadas e com tempo hábil para a realização de ajustes necessários.
O Growth Hacking é uma metodologia muito utilizada por startups e demais empresas que desejam crescer de forma rápida, mas que não dispõem de muitos recursos para isso.
Qual o papel de Product Managers na cultura de experimentação?
Agora que você já descobriu o que é a cultura de experimentação, seus benefícios e as metodologias utilizadas, vamos tratar do papel de Product Managers (PMs) na implementação nas equipes. Confira!
Alinhamento com os objetivos estratégicos do negócio
Product Managers são os responsáveis pela gestão de produtos. Mas, para tanto, precisam conhecer as metodologias adequadas e assegurar que os times façam experimentações alinhadas estrategicamente com os objetivos do negócio.
Portanto, é crucial que eles conheçam a fundo as metas da corporação para traduzi-las à equipe de produtos de forma clara. Isso garante que os colaboradores saibam exatamente o que se espera deles e possam desenvolver soluções criativas com base em orientações eficazes.
Busca por oportunidades e soluções
Parte do trabalho de PMs é saber conduzir bem as equipes na busca por oportunidades e soluções, considerando os resultados esperados, além da jornada dos usuários do futuro produto.
Assim, seu olhar deve estar pronto para identificar possibilidades de inovação, tanto do produto em si quanto do processo de desenvolvimento. Eles devem motivar brainstormings e experimentações coletivas por parte dos times, tornando esse movimento parte da cultura da empresa.
Domínio das priorizações
Embora a cultura de experimentação fomente a busca contínua por oportunidades, ao identificá-las, é preciso saber quais priorizar para o desenvolvimento do produto. Sendo assim, Product Managers precisam saber como escolher as iniciativas a serem executadas pelos seus times.
Para isso, devem ter em mente aspectos como impactos ao negócio, valor para os clientes e alinhamento com os resultados traçados. Além de lançar mão de recursos como a matriz de priorização de hipóteses, que ajuda na avaliação das ideias com base em critérios de impacto e viabilidade.
Mapeamento e gestão de riscos
O desenvolvimento de todo tipo de produto envolve riscos. Uma das responsabilidades do Product Manager é saber gerenciá-los e minimizar seus impactos, para que as equipes tirem o máximo do potencial da cultura de experimentação. Nesse sentido, é importante mapear e avaliar:
- riscos de necessidade: se o usuário realmente deseja esse tipo de produto;
- riscos de viabilidade: verificar se o desenvolvimento de tal produto é mesmo exequível;
- riscos de usabilidade: saber se o usuário saberá como utilizar o produto de forma simples e fácil;
- riscos éticos: avaliar se o produto é ético e não causa nenhum tipo de dano ao usuário.
Validação da entrega
Por fim, os PMs também devem validar o produto em relação ao valor da entrega e as expectativas atendidas. Para isso, são feitas medições e análises de métricas de desempenho para assegurar que o produto impacta positivamente o usuário, resolvendo seu problema.
Esse processo é importante por gerar insights valiosos para serem repassados às equipes a cada entrega feita, permitindo a aprimoração contínua em cada projeto.
Dê o próximo passo na sua carreira de Product Management
Como você pôde observar, a cultura de experimentação é uma forma natural de engajar as equipes de produto, a fim de melhorar as ofertas da empresa e ganhar o mercado. O papel de Product Managers é indispensável para que sua implementação tenha o êxito almejado.
Afinal, esse profissional ocupa uma função muito estratégica, que pode definir o sucesso ou não de um produto. Daí a importância de uma formação de qualidade nessa área, como a oferecida pela PM3!
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