Na área de desenvolvimento de produtos, o mapeamento de hipóteses é uma ferramenta valiosa para explorar, priorizar e validar ideias. Também para aprimorar o processo de desenvolvimento de produtos com uma abordagem estruturada e rápida de implementar.
Principalmente nesse contexto, em que as mudanças são aceleradas e a agilidade é requisitada nas empresas para manter a competitividade e oferecer melhores soluções em pouco tempo, o mapeamento de hipóteses pode ser o aliado ideal de times de produto.
Continue lendo para conhecer essa ferramenta, como funciona, sua importância e como aplicá-la com eficácia.
O que é o mapeamento de hipóteses?
O mapeamento de hipóteses é uma ferramenta estruturada que ajuda a identificar suposições e incertezas, priorizar hipóteses de negócio e validá-las com rapidez e eficiência para resolver um problema ou explorar uma oportunidade.
No desenvolvimento de produtos, essa ferramenta ajuda a minimizar os riscos de investir em novas ideias. Ao mesmo tempo, transforma suposições em conhecimentos acionáveis.
Assim, o mapeamento de hipóteses apoia não só o entendimento da viabilidade técnica de uma ideia. Ele também contribui para a redução do tempo de desenvolvimento e do uso de recursos ao criar um ciclo acelerado e eficiente de aprendizado.
Como funciona essa ferramenta?
O mapeamento de hipóteses é uma ferramenta colaborativa e sistemática que, basicamente, organiza-se em três pilares:
- determinação de suposições e incertezas: define as hipóteses principais e as suposições subjacentes que a sustentam. Isto é, os fatores críticos que ajudam a validar a hipótese principal;
- priorização de hipóteses: com base nos riscos e no impacto, é possível priorizar, dentro do conjunto de hipóteses, aquelas que podem ter maior efeito no sucesso ou fracasso do produto;
- experimentação rápida: usa uma abordagem prática para testar as hipóteses que foram priorizadas, com agilidade e eficiência.
A partir desses pilares, o mapeamento de hipóteses pode ser aplicado não só para desenvolver novos produtos, mas também para aprimorar soluções existentes ou até mesmo expandir para novos mercados.
Isso é possível porque os ciclos de aprendizado são mais otimizados e eficientes. Assim, incentivam o trabalho com as incertezas do processo e promovem um ambiente de experimentação contínua.
Importância de mapear hipóteses para desenvolver produtos
O mapeamento de hipóteses oferece diversos benefícios no desenvolvimento de produtos, uma vez que:
- reduz custos no processo;
- promove o alinhamento entre as equipes;
- foca no aprendizado;
- estimula decisões com base em dados concretos;
- promove a iteração rápida.
Confira mais detalhes.
Reduz custos no processo
O mapeamento de hipóteses ajuda a reduzir custos no processo de desenvolvimento.
Uma vez que é possível entender a viabilidade de uma ideia de negócio com mais agilidade e eficiência, o direcionamento de recursos pode ser melhor organizado pela empresa.
Promove o alinhamento entre as equipes
Mapear hipóteses ajuda as equipes a entenderem com mais clareza os desafios e oportunidades a serem exploradas. Também, a se comunicarem melhor durante o processo de desenvolvimento do produto. Isso promove um maior alinhamento entre os times.
Foca no aprendizado
A ferramenta também ajuda a direcionar o foco para o rápido aprendizado sobre as suposições. Essa priorização apoia um maior entendimento sobre o mercado, o produto e seus usuários.
Estimula decisões com base em dados concretos
O processo de mapear hipóteses não é fundamentado em opiniões ou intuição. Afinal, usa uma abordagem estruturada para validar as suposições levantadas.
Além disso, a experimentação contínua promove resultados que apoiam a tomada de decisões com base em dados concretos encontrados no processo.
Promove a iteração rápida
A ideia por trás da ferramenta é minimizar riscos e otimizar o tempo de desenvolvimento de produtos. Para isso, um rápido processo de iteração é fundamental.
Assim, é possível ajustar a estratégia de produto e implementar novas mudanças com mais agilidade e com base em informações confiáveis.
Como aplicar o mapeamento de hipóteses?
Agora que você entendeu como funciona e a importância do mapeamento de hipóteses, saiba como aplicar a ferramenta na prática para otimizar o desenvolvimento de produtos, seguindo algumas etapas, como:
- identificar o problema ou a oportunidade;
- gerar hipóteses;
- priorizar as hipóteses formuladas;
- definir experimentos para testá-las;
- analisar os resultados e aprender.
Confira os detalhes de cada passo.
Identificar o problema ou oportunidade
Todo mapeamento de hipóteses começa com a identificação de um problema ou uma oportunidade a explorar no processo de desenvolvimento do produto.
Essas informações vão guiar o processo de geração e priorização de hipóteses Elas ajudam a formar suposições sobre a ideia que poderão ser validadas na fase de experimentação.
Sem uma visão clara do problema ou oportunidade, torna-se mais desafiador executar esse processo. Isso porque ele precisa ser específico, mensurável e testável.
Gerar hipóteses
O próximo passo é criar uma lista de hipóteses a serem validadas, considerando aspectos como:
- viabilidade técnica;
- informações sobre o mercado;
- percepção e comportamento do usuário.
Entre outros fatores que sejam relevantes para o projeto.
Isso ajudará o processo de priorização das hipóteses que será feito mais adiante, assim como, tornará a experimentação e as análises muito mais precisas.
Essa etapa inclui toda a equipe participante do projeto. Todos podem e devem contribuir para a definição das hipóteses e suposições relacionadas ao produto.
Pode-se fazer isso com o uso de post-its, com a criação de uma planilha, ou até mesmo com ferramentas digitais que incentivem a colaboração e ofereçam recursos visuais, como Miro ou Mural.
Priorizar as hipóteses formuladas
Em geral, o mapa de hipóteses se baseia em uma matriz visual que ajuda a priorizar as hipóteses a partir do impacto e do risco dessas suposições.
O impacto refere-se a como elas afetam o sucesso do negócio. Os riscos (ou incertezas) são as evidências ou dados que apoiam essas suposições. Quanto mais evidências houver, menor será o risco e vice-versa.
Com isso, cria-se uma matriz de dois eixos, com quatro quadrantes, nas categorias:
- baixo risco, baixo impacto: ainda precisam de mais investigação, pois não afetam significativamente o sucesso do negócio, mesmo contendo evidências fortes;
- alto risco, baixo impacto: não devem ser a prioridade do projeto, pois o impacto no negócio é baixo e as incertezas são altas, o que pode gerar distrações;
- baixo risco, alto impacto: podem ser uma boa opção de priorização, pois têm uma grande importância no negócio e evidências fortes e confiáveis;
- alto risco, alto impacto: suposições com necessidade de priorização, pois apresentam alto impacto no negócio, mas ainda não há evidências suficientes e confiáveis, tornando interessante a possibilidade de experimentação.
Definir experimentos para testá-las
Após a priorização das hipóteses, será mais fácil definir os tipos de experimentos para validá-las ou descartá-las.
Nesse processo, lembre-se de priorizar o teste das suposições no quadrante de “alto risco, alto impacto”. Em seguida, mantenha a ordem de prioridade que melhor impacta o sucesso do negócio e tem evidências significativas.
Além disso, defina os testes que melhor se adequam a cada tipo de hipótese, e métricas e critérios para validar ou não o experimento.
Por exemplo, se você está testando duas suposições sobre o nível de satisfação de usuários de um aplicativo, a realização de um teste A/B pode ser uma forma de validar ou descartar as hipóteses levantadas.
Analisar os resultados e aprender
Após a realização dos experimentos e testes, é hora de analisar os resultados. A coleta de dados quantitativos e qualitativos possibilitará aprender com os resultados.
Se o time validar uma hipótese, pode-se partir para a tomada de decisão. Por exemplo, considerar a implementação completa no desenvolvimento do produto.
Por outro lado, hipóteses refutadas significam uma chance de aprendizado sobre o problema ou a oportunidade definida, e a possibilidade de fazer ajustes na estratégia e iterar com mais rapidez e eficiência.
Vale ressaltar que o mapeamento de hipóteses é um processo colaborativo que envolve a participação de diversos profissionais, tornando a experiência ainda mais rica.
Além disso, é importante documentar todo o processo e o resultado das análises para manter tudo organizado e acessar facilmente os insights encontrados.
De qualquer forma, é um processo valioso para otimizar o desenvolvimento de produtos e minimizar os riscos envolvidos nesse processo.
Otimize suas habilidades em gestão de produtos
O mapeamento de hipóteses é uma ferramenta muito útil para o desenvolvimento de produtos. Ele ajuda a priorizar hipóteses e validá-las de maneira estruturada e baseada em dados concretos.
Essa habilidade é essencial para a área de Produto, pois ajuda Product Managers a trabalharem com o apoio de evidências e dados reais, em vez de basearem suas práticas em “achismos”.
Se você se interessou por essa temática e quer aprender sobre outras ferramentas para aprimorar suas habilidades em gestão de produtos, o curso de Product Management da PM3 é a opção ideal para alavancar sua carreira em Produto.
Somos a escola referência em Produto no Brasil, oferecendo uma formação completa, ministrada por grandes nomes do mercado. Saiba mais sobre o curso de Product Management e matricule-se!