Os mapas de stakeholders, quando bem elaborados, são os principais aliados para garantir que todos os envolvidos no desenvolvimento de produtos digitais estejam alinhados. Afinal, como diz o ditado, “o combinado não sai caro”.
Além disso, o mapa contribui para otimizar os processos de tomada de decisão e garante que todos compartilhem uma visão comum. Você já aplica essa estratégia em seu negócio também?
Neste artigo, vamos explicar o que é um mapa de stakeholders, sua importância para a gestão de produtos digitais e como utilizá-lo estrategicamente no contexto de profissionais de produto e UX. Boa leitura!
Veja também: O que é e como elaborar um Go-to-market eficiente para seu Produto
Primeiro, o que é um mapa de stakeholders?
Um mapa de stakeholders é uma representação visual ou framework que mapeia as partes interessadas em um projeto de produto digital. O objetivo é garantir que todos os envolvidos estejam alinhados em prol do sucesso desse produto.
Para Product Managers, o mapeamento se torna indispensável. Esses profissionais são responsáveis por gerenciar o desenvolvimento de um produto. Também, por comunicar as prioridades do projeto aos stakeholders, sejam eles internos ou externos.
Os mapas de stakeholders contribuem para a organização, identificando os pontos de contato entre as áreas da empresa e, claro, as expectativas que terceiros têm sobre o trabalho.
Vale ressaltar que o conceito de stakeholders vai além de apenas clientes ou usuários finais. Envolve qualquer pessoa ou grupo que tenha interesse no sucesso do produto, como equipes internas (ex.: desenvolvedores, designers, marketing), executivos, fornecedores, investidores e até mesmo órgãos reguladores.
Tipos de stakeholders e suas influências
É preciso entender que, ao nos referirmos aos stakeholders de produtos digitais, podemos classificá-los entre aqueles que são impactados pelo produto e aqueles que são impactados pelo projeto. Entenda!
Stakeholders de produto
Como o próprio nome sugere, são aqueles impactados diretamente pelo produto que está prestes a ser desenvolvido. Nesse caso, os usuários e clientes são considerados os principais stakeholders.
No entanto, também existem outros públicos que interagem, de forma direta ou indireta, com o produto, coletando dados ou insights gerados por ele.
Exemplos incluem operadores de suporte ou profissionais de help-desk, equipes de vendas e administradores, além de profissionais de instalação e manutenção, entre outros.
Os stakeholders de produto podem ser subdivididos em três categorias:
- primeiro grau: usuários diretos do produto;
- segundo grau: usam os resultados do trabalho daqueles que interagem diretamente com o produto;
- terceiro grau: aqueles que oferecem suporte ao produto.
Stakeholders de projeto
Já os stakeholders de projeto são aqueles que mais desejam o sucesso do produto em desenvolvimento. Eles têm como missão analisar o cumprimento de prazos, custos e a construção do produto. Fazem parte desse grupo:
- sponsors ou gerentes de projeto;
- gerentes de portfólio;
- executivos C-Levels; entre outros.
Qual o momento certo de acionar os stakeholders?
Assim que os stakeholders são classificados, é necessário entender o nível de envolvimento de cada um durante o projeto.
Quais devem ser informados
Na prática, são aqueles que precisam estar cientes das decisões importantes sobre o desenvolvimento do produto digital, bem como de seus impactos.
Isso não quer dizer que sua influência possa mudar uma decisão, mas sim garantir que os envolvidos sejam atualizados.
Exemplos incluem:
- gerentes de áreas impactadas;
- gerentes de portfólio;
- administradores do produto.
Quem deve ser consultado
Refere-se aos profissionais que devem ser ouvidos antes de tomar decisões importantes. Na maior parte das vezes, são especialistas em alguma área específica do produto, como:
- analistas de marketing;
- arquitetos de sistemas;
- especialistas em UX.
Quem controla os entregáveis
Esse grupo é formado por aqueles que tomam a decisão final em relação a um determinado assunto. São:
- executivos C-Levels;
- gerentes de releases;
- usuários.
Parceiros no desenvolvimento
São colaboradores responsáveis pelo desenvolvimento de outros produtos que podem interagir com o produto a ser criado. Podem incluir:
- outras equipes de desenvolvimento da empresa;
- provedores de serviços que oferecem integração com o produto.
Para elaborar um mapa de stakeholders eficaz, também é aconselhável aprimorar suas técnicas e conhecimentos. Quer uma dica? A PM3 sabe disso como ninguém e está lançando seus Bootcamps! Aulas ao vivo ou de curta duração, para acelerar sua carreira em Produto.
Dito isso, vamos ao ponto mais aguardado: como elaborar mapas de stakeholders efetivos, conquistando os resultados esperados no desenvolvimento de produtos digitais.
Passo a passo: como criar um mapa de stakeholders
Criar mapas de stakeholders eficientes envolve algumas etapas fundamentais. Para ajudar você nessa missão, trouxemos um passo a passo.
Identificação dos stakeholders
Comece a elaborar seu mapa identificando todos os interessados no projeto. Podem ser pessoas específicas, grupos ou organizações. Sua lista deve incluir stakeholders internos (como funcionários e líderes) e externos (como clientes, fornecedores e órgãos reguladores).
Análise dos stakeholders
Em seguida, é o momento de analisar cada stakeholder com base em seu interesse e poder de influência sobre as decisões do projeto. Essa análise vai ajudar você a priorizar os stakeholders e a definir as melhores estratégias de engajamento para cada um deles.
Classificação dos stakeholders
Classifique os stakeholders em grupos distintos, de acordo com sua influência e interesse no projeto. Caso necessário, retorne ao tópico anterior para revisar e ajustar as classificações.
Mapeamento visual
Após a análise e a classificação, é hora de criar o seu framework de stakeholders. Utilize uma ferramenta gráfica para representar as diferentes partes interessadas e seu posicionamento na matriz de poder/interesse.
Estratégias de engajamento
Com o mapa pronto, é hora de definir estratégias para cada grupo de stakeholders.
Nossa dica: para stakeholders com alta influência e alto interesse, mantenha uma comunicação constante e busque envolvê-los nas principais decisões. Para aqueles com baixa influência e interesse, uma comunicação periódica será suficiente.
Além disso, vale lembrar que o mapa de stakeholders deve ser atualizado regularmente, conforme o projeto avança.
Por falar em mapeamento visual, você pode utilizar ferramentas on-line para construir seus mapas de stakeholders. Veja nossas sugestões!
Sugestões de ferramentas e frameworks
Existem diversas ferramentas e frameworks que podem ajudar na construção e visualização de mapas de stakeholders. Aposte em softwares como:
- Miro;
- Lucidchart;
- Trello.
Todos são ótimos para organizar e mapear informações de forma colaborativa. Avalie qual melhor atende às suas necessidades e expectativas.
3 benefícios de utilizar mapas de stakeholders na gestão de produtos
Embora ao longo deste artigo tenhamos mencionado algumas das vantagens de utilizar mapas de stakeholders, trouxemos mais três para reforçar essa informação.
Alinhamento entre áreas da empresa
Os temidos ruídos na comunicação podem ser evitados quando todos os stakeholders estão alinhados e cientes de suas expectativas e responsabilidades.
Redução de riscos
Mapear stakeholders ajuda a identificar potenciais riscos no desenvolvimento do produto. Na prática, isso significa decisões tomadas com base em dados claros e bem fundamentados. A regra é: nada de achismos!
Maior engajamento
Manter um grupo de stakeholders engajados pode ser uma tarefa desafiadora! Por isso, um mapa bem estruturado dará aquela força extra para que os envolvidos estejam motivados e unidos durante todo o ciclo de vida do produto.
Erros comuns ao mapear stakeholders e como evitá-los
Erros acontecem, por mais cuidado que você tenha ao elaborar o seu mapa de stakeholders. Mas, ao conhecê-los, talvez seja mais fácil evitá-los. Confira os mais comuns.
Ignorar stakeholders importantes
Não ignore, ou seja, não deixe de identificar todos os stakeholders relevantes para o desenvolvimento do seu produto. Como consequência, isso pode levar a falhas na estratégia e no desenvolvimento do produto.
Considere até mesmo aqueles com pouca influência direta, mas que possam impactar o produto de alguma forma.
Não atualizar o mapa periodicamente
O mercado e as organizações estão em constante mudança. Portanto, revise e atualize o mapa de stakeholders regularmente para garantir que as mudanças no ambiente de negócios sejam refletidas no processo de gestão do produto.
Falta de clareza nos níveis de influência e envolvimento
É preciso ter uma visão clara de como cada stakeholder interfere no produto e qual é o seu nível de envolvimento. Isso ajuda na priorização das necessidades e expectativas de cada um.
Não considerar a dinâmica organizacional e as mudanças do mercado
Nada é imutável. Mudanças na estrutura organizacional ou no mercado podem afetar diretamente as partes interessadas e suas expectativas. Por isso, o mapa de stakeholders deve ser uma ferramenta dinâmica e adaptável.
Os mapas de stakeholders, sem dúvida, são ferramentas que auxiliam a manter a organização, clareza e motivação entre os envolvidos no desenvolvimento de produtos digitais.
Além disso, com uma abordagem estratégica, profissionais de produto e UX podem usar essa ferramenta para otimizar a comunicação, reduzir riscos e tomar decisões mais informadas.
Então, se você ainda não conhecia o mapa de stakeholders ou não entendia sua aplicação, é hora de implementá-lo em suas estratégias!
Outra dica: caso tenha interesse em se aprofundar em habilidades de gestão de produtos, não deixe de conferir os bootcamps da PM3. Clique aqui para transformar sua carreira!
